«O urso que perdera o coração» apresentado na Corredoura e no Arrimal


Aspecto da sessão da Corredoura.

No âmbito da «Semana da Leitura» do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, realizaram-se, nos dias 23 e 25 de Março, encontros com o escritor Carlos Alberto Silva, na EB1 e JI da Corredoura e na EB1 do Arrimal, respectivamente.
O autor narrou a sua história «O urso que perdera o coração», publicada no final do ano passado e explicou a técnica utilizada para ilustrar o livro. Apresentou ainda duas histórias que tem (quase) prontas para publicação: «O espelho dourado», igualmente ilustrado por si e «Ó Simão, seu trapalhão…», ilustrado pela sua filha Beatriz Silva. Este último aborda um tema muito actual, o dos acidentes domésticos com crianças, alertando para alguns comportamentos de risco, embora numa perspectiva humorística.


O autor, mostrando páginas de um dos seus próximos livros, no Arrimal.

Os alunos do Arrimal aproveitaram o momento para realizar uma entrevista ao escritor, que é actualmente professor bibliotecário neste Agrupamento.
No final de cada uma das actividades, houve sessão de autógrafos.

«O urso que perdera o coração» apresentado em Mira de Aire


Os alunos de Mira de Aire estiveram (quase todos) sempre atentos às histórias.

«O urso que perdera o coração» foi apresentado no dia 17 de Dezembro, na biblioteca da sede do Agrupamento de Escolas de Mira de Aire, pelo autor, Carlos Alberto Silva. Depois de uma breve conversa com os alunos do 1º CEB presentes, sobre a sua actividade como escritor e professor bibliotecário, o autor animou a história, bem como outras destinadas ao público infantil, como «O Cuquedo» e «O Pequeno Pai Natal». No final, houve lugar a uma sessão de autógrafos, já que a actividade se inseriu numa feira do livro promovida por aquele Agrupamento de Escolas.
Dada a proximidade do período natalício, a obra teve muito boa receptividade, sendo escolhida como prenda de Natal por algumas freguesias dos concelhos de Leiria, onde o autor reside, e de Porto de Mós, onde trabalha. Assim, as crianças das freguesias de Cortes (Leiria), Arrimal, S. Pedro e S. João Baptista (Porto de Mós), entre outras, tiveram a surpresa de receber este livro nas festas de Natal das suas escolas.
Publicado em Novembro passado pela Textiverso, este foi o primeiro livro de Carlos Alberto Silva dedicado ao universo infantil. O autor é também responsável pelas ilustrações, aplicando digitalmente uma técnica de recorte de papéis decorados.
Nesta fábula, um urso solitário muito mal-humorado, que se refugia no mais escuro da floresta, faz da vida dos outros bichos um verdadeiro inferno.
Alguns animais, no entanto, decidem não deixar cair os braços e tentam que o dito urso volte a sentir no peito o coração que uma tragédia familiar destroçou…
A editora tem online um «guia de leitura» desta obra, alojado AQUI.

Excelentes razões para ler com as crianças

Ouvir ler em voz alta, ler em conjunto, conversar sobre livros desenvolve a inteligência e a imaginação.
Os livros enriquecem o vocabulário e a linguagem.
As imagens, informações e ideias dos livros alargam o conhecimento do mundo.
Quem tem o hábito de ler conhece-se melhor a si próprio e compreende melhor os outros.
Ler em conjunto é divertido, reforça o prazer do convívio.
Os laços afectivos entre as crianças e os adultos que lhes lêem tornam-se mais fortes.
A leitura torna as crianças mais calmas, ajuda-as a ganhar autoconfiança e poder de decisão.

Conversar desde o berço

As seguintes orientações foram recolhidas do desdobrável «Conversar desde o berço. Dicas para os pais de actividades lúdicas favoráveis à comunicação dos filhos”, da autoria de Luísa Neiva Araújo, Maria do Céu Espinheira, Teresa Andrade, Fátima Pinto, do Centro de Saúde da Carvalhosa e Foz do Douro.

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Oficina de Contadores na Biblioteca de S. Mamede


Carlos Alberto Silva apresentou diversos exemplos.

Carlos Alberto Silva desenvolveu, no passado dia 25 de Julho, pelas 21h00, uma «Oficina de Contadores para Pais e Filhos» no Pólo de S. Mamede da Biblioteca Municipal da Batalha. Com cerca de uma dúzia de participantes, entre adultos e crianças, a acção, de pendor teórico-prático, pretendeu estimular comportamentos activos de promoção precoce da literacia no meio familiar.
Os participantes reflectiram sobre a importância dos pais desenvolverem hábitos de conversação com os filhos, logo desde o nascimento, utilizando muitos dos recursos da chamada «literatura oral» tradicional, como as canções de embalar, as rimas com movimento, os trava-línguas, as lengalengas e os rimances, de que a nossa cultura é riquíssima. Mas também o uso do livro foi aqui referido, praticando-se diversas estratégias a desenvolver em ambiente familiar. Uma das técnicas abordadas foi a denominada «leitura dialógica». Que livros adquirir (ou requisitar na biblioteca) em função das características dos vários níveis etários foi outro dos assuntos aflorados.
Foi ainda distribuída aos adultos presentes uma brochura denominada «Recursos para pais contadores de histórias».

in Jornal das Cortes nº 261, Agosto de 2009

Oficina de Contadores para Pais e Filhos

Pólo de S. Mamede da Biblioteca Municipal da Batalha
25 de Julho de 2009 – 21h00

Apresentação:
Os bons leitores não se distinguem dos maus leitores em competências como a inteligência, a memória, a coordenação visuo-motora, a lateralidade ou o esquema corporal, mas, essencialmente, pelo desenvolvimento linguístico que apresentam. Isto porque o domínio de um amplo vocabulário é indispensável para a aprendizagem da leitura, quer ao nível da decifração, quer ao nível da compreensão.
Os pais, como primeiros educadores, devem, desde a mais tenra idade, desenvolver hábitos de conversação com os filhos, recitando lengalengas, rimas infantis e contos rimados, contando histórias, lendo livros para/com eles, fazendo disso um momento de prazer e de partilha de afectos.
Por isso esta «Oficina de Contadores para Pais e Filhos», onde se irão abordar algumas questões sobre a leitura e, sobretudo, praticar diversas estratégias a desenvolver em casa, entre pais e filhos.

Livros para crianças até aos 3 anos

De acordo com a psicolinguista e pedagoga Sylviane Rigolet, até aos 3 anos de idade, a criança precisa de adquirir conhecimentos básicos sobre as coisas e o vocabulário correspondente (substantivos, verbos, adjectivos). Só mais ou menos a partir dessa idade a criança tem a capacidade cognitiva de fazer comparações: gosta de saber coisas sobre animais, pessoas de diferentes países, como nascem, como vivem, o que comem, etc.; dá-se a emergência da numeracia (tamanhos, pesos, alturas, cores, etc.).
Só mais ou menos a partir dos 4 anos a criança manifesta a capacidade de fantasiar. Por isso, a escolha de livros para crianças com menos de 3 anos tem de ser muito criteriosa.

As suas características devem ser as seguintes:
– Ilustrações com imagens «fotográficas» e com cores reais (representação bidimensional da realidade envolvente);
– Tipo «ficheiro de imagens» em que cada imagem é uma «narrativa» (quase nunca há uma história);
– Retrata temas do quotidiano da criança (rotinas): comer, dormir, brincar, higiene, comunicação, afecto, etc.;
– A criança é o protagonista;
– Composições simples, com poucos elementos em cada página;
– Utilização de materiais resistentes (cartão, pano, plástico);
– Pode ter várias formas de abrir: da direita para a esquerda, para cima, para baixo, etc.;
– Pode integrar elementos de interacção táctil: vazamentos, texturas, dobras com elementos escondidos, velcro e botões (para os mais crescidos).

Atenção: devem evitar-se as discrepâncias culturais (sobretudo nos livros de autores estrangeiros): Natal na neve; casas de telhado «em bico», pequeno-almoço inglês, etc.

A leitura dialógica

O que é

A leitura dialógica é uma técnica de leitura partilhada e interactiva de livros de imagens com o objectivo de desenvolver as competências linguísticas das crianças, a partir do momento em que estas começam a dominar minimamente a linguagem (cerca dos 14 a 18 meses).

Durante o processo, o adulto e a criança trocam sucessivamente de papéis. Assim, a criança aprende a tornar-se o «contador», com a ajuda do adulto, que funciona como um «ouvidor» activo e um «perguntador».

A técnica desenvolve-se em duas etapas. Na primeira, utilizam-se estratégias para aquisição de vocabulário (substantivos, adjectivos e verbos). Na segunda, quando a criança adquiriu vocabulário suficiente e ganhou maior autonomia linguística, as estratégias destinam-se a desenvolver competências ao nível da frase. Continuar a ler

Animação da leitura na Batalha e em Leiria

Carlos Alberto Silva desenvolveu durante o mês de Abril, em que se comemoram o livro e a leitura, algumas actividades relacionadas com o tema, na Biblioteca Municipal da Batalha e na Escola Básica 2,3 D. Dinis, em Leiria.

Na primeira, no dia 5, apresentou uma palestra denominada «Pode-se ensinar os bebés a ler?», destinada a pais e educadores, cujos objectivos eram «sensibilizar para a problemática do livro e da leitura» e para «o desenvolvimento precoce de práticas promotoras de literacia».
Depois de abordar questões relacionadas com a crescente necessidade do domínio de competências de leitura face às exigências da sociedade contemporânea, expôs alguns dados relativos aos níveis de literacia dos jovens portugueses, no âmbito do PISA, um estudo internacional promovido pela OCDE. E o panorama, como se sabe, não é famoso…
Seguidamente, realçou o papel da família na promoção precoce de hábitos de leitura, indicando algumas estratégias possíveis, a partir dos seis meses de idade. Em particular, apresentou uma técnica de co-leitura, em que a análise do livro é efectuada em parceria pela criança e pelo adulto, denominada «leitura dialógica», que se pode aplicar a partir do ano e meio de idade. Foram ainda apresentadas algumas linhas orientadoras para a escolha de livros para crianças do 0 aos 3 anos. Estiveram presentes nesta actividade cerca de 40 pessoas.

Já na escola básica D. Dinis, no dia 10, os destinatários foram alunos de uma turma do 6º ano de escolaridade, no âmbito da Semana da Leitura promovida pela Biblioteca deste estabele-cimento de ensino. Numa conversa com a audiência, este professor apresentou um historial sobre o desenvolvimento das técnicas de produção do livro (escrita, papel, impressão, ilustração e encadernação), ilustrando com a animação de contos infanto-juvenis, utilizando várias técnicas de narração. No final, a turma agradeceu com algumas ofertas da sua iniciativa.

Pode-se ensinar os bebés a ler?

Acção de Formação para Pais e Educadores:

«Pode-se ensinar os bebés a ler? A leitura dialógica como técnica de promoção precoce da literacia»

Sábado, 5 de Abril de 2008, 15h30
Biblioteca Municipal da Batalha

por Carlos Alberto Silva

Objectivos:
Sensibilizar para a problemática do livro e da leitura;
Sensibilizar para o desenvolvimento precoce de práticas promotoras de literacia.

Conteúdos:
· A importância da família na promoção precoce da leitura;
· O acto de contar/ler como paradigma da animação/promoção da leitura;
· Estratégias a desenvolver no quotidiano familiar;
· Que livros escolher;
· A leitura dialógica.

Metodologia:
Teórico-prática, com recurso a metodologias activas;
· Materiais electrónicos de projecção;
· Amostragem de materiais;
· Animação de histórias.