Tsuru no ongaeshi – O grou agradecido

Mukashi mukashi… (era uma vez), há muito, muito tempo, numa terra distante, vivia um jovem camponês, pobre, mas trabalhador. Um dia, enquanto lavrava um campo, um grou branco desceu das alturas e caiu no chão, a seus pés.
O jovem reparou que a ave tinha uma seta espetada numa das asas. Compadecido, removeu a flecha e tratou do ferimento. Verificando que, graças aos seus cuidados, o pássaro estava capaz de voar novamente, levantou-o ao ar, dizendo:
– Podes ir, mas tem cuidado com os caçadores.

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Hanasaka Ji-San – O homem que faz florir as árvores

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(Conto tradicional do Japão)

Mukashi mukashi… (era uma vez), há muito tempo, vivia numa aldeia remota um casal de velhotes sem filhos, pobres, mas muito bondosos. Um dia, a mulher foi ao rio para lavar a roupa.
Quando estava na sua faina, viu a descer a corrente, sobre um tronco flutuante, um cachorrinho branco. Muito surpreendida, a mulher resgatou o cachorrinho e levou-o para casa com ela.

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O kamishibai: uma arte japonesa de contar histórias

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O «kamishibai» é um dispositivo inventado no Japão para contar histórias com imagens. O termo significa literalmente «teatro de papel».
É constituído por uma estrutura em madeira, chamada «butai», dentro da qual correm folhas de cartão com as ilustrações da história, na frente, e o texto correspondente, no verso.
Vulgarmente, aponta-se como origem do «kamishibai» os «emaki», rolos de papel ou seda com narrativas ilustradas, surgidos no séc. VIII. No entanto, de acordo com a investigadora norte-americana Tara M. McGowan, a sua origem é (muito) mais recente.
Terá surgido da remistura de diversos dispositivos: os «emaki» japoneses, mas também a «lanterna mágica» e o teatro de papel ocidentais.

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